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/o Cop)'rigln .ti :\ PRESE:"T:\"~de recorrer ainda mais duas vezes ao FMI, ameaỗado que estava de : ~~ honrar seus compromissos externos A primeira delas foi em ju'~ '~de 2001, quando o governo FHC, vendo cair por terra suas ex"' tivas quanro ao volume de recursos de investimentos externos os que o país receberia, decidiu preventivamente recorrer ao Funbtendo US$ 15 bilhões A segunda vez foi precisamente em agos":2002, quando a turbul ência eleitoral provocada pela lideranỗa de pelo terrorismo que se fez em torno disso fez subir risco-país, orizou os títulos brasileiros no mercado externa e, em conseqỹờntraiu a entrada de recursos na balanỗa de capitais Foram então ~[!? Fundo de vaiares referentes a empréstimos anteriores ps US$ 30 bilhões, entre saques e postergaỗóo de pagamento ao 1n.armos a sornarộria saldo em transaỗừes correntes Brasil no perớodo '~ , chegaremos a um déficit total de US$ 1.3 bilhão no período Se - o mesmo exercício para a década seguinte ou seja para o período 1994· , ndo para 2003 o mesmo déficit verificado em 2002 (US$ 7,7 bilhões) o é um déficir total de US$ 196 bilhões isto é um resultado 150,8 vezes ue nos dez anos anteriores I i - •I I I l- '» I 1.1 • v ~ rasrt lklilJ~ry zi-lo como se fosse um negócio, mas o resultado é a inverso que ocorre quando essa racionalidade é aplicada ao setor privado Em vez acỳmulo de recursos e da reproduỗóo ampliada "capital pỳblico", temos dilapidaỗóo dos recursos Estado, encolhimento de seu tamanho, atrofiamenro espaỗoeconụmico pỳblico 13 Em uma palavra: espoliafÍÚJ Isso não quer dizer, no entanto, como já se [Ornou lugar-comum, que o Estado hojesejafraco Ao contrário, ele tem de ser extremamente forte, no limite violento, para conduzir os "negócios de Estado" da forma mais adequada possível para preservar e contemplar grupos de interesse especớficos Na seỗóo "A era neoliberal Brasil", voltaremos a essa questão, diretamente relacionada constituiỗóo de um "escada de emergờncia econụmico,"Antesdisso, porộm, ộ precisoexplicar como as transformaỗừes operadas no secar produtivo estóo diretamente ligadas dominaỗóo financeira processo de acumulaỗóo Em primeiro lugar, medidas como a cerceirizaỗõo, o contrato por tempo parcial e o trabalho com autụnomos buscam nóo sú a reduỗóo dos poros da jornada de trabalho, como a repartiỗóo, com a forỗa de trabalho, risco capitalista Alộm disso, a difusão toyotismo como forma de organizar o próprio processoprodutivo é um expediente que acaba por se impor antiga fórmula taylorista, porque, muito mais racionalmente que esta, aproveita o valor de uso da forỗa de trabalho em sua totalidade (habilidades físicas e mentais) e, melhor ainda, consegueisso economizando POStoS intermediários de gerência, já que faz os trabalhadores se vigiarem uns aos outros, reduzindo-lhes a disposiỗóo de agir como classe" Evidentemente, a ocorrờncia de todas essas transformaỗừes foi facilitada pelo abandono pleno emprego como meta primeira da política econơmica, já que níveis de atividade inferiores a esse fragilizam os trabalhadores,obrigando-os a aceitar qualquer coisa, desde que pre~ l > Em trabalho de 1998, Francisco de Oliveira denominou esse mesmo espaỗo de "anrivalor", Os trinta anos dourados foram prúdigos em sua criaỗóo - c os anos sub~ỹentes em sua destruiỗóo, : Tanto um como outro caso - formas de n:laỗóo apitai-trabalho alternativas conrrataỗóo mnnal, ou ~oom cancira assinada-, como ~ diz no Brasil,e tO)'Qtismo- , enquadram'~ no que Marx chamou de -intensificaỗóo da a:ploraỗóo~, uma moã dalidade de aumento valor excedente nỏo pago extraớdo da forỗa de trabalho que nlio passa din:tamcnte nem pelo aumentO tradicional da produtividade (maisvalia rdativa) nem pelo aumento da jornada de trabalho (mais-valia absoluta), ~ (9 d S o projeto ncoJiberaJ para a sociedade brasileira ° ~o P3ulo, Loyola, 2000), '., servado O espaỗo para a venda d fi ~ circunstanciaJmente que o J e sua orỗa de,trabaJh.o Assim, não é só " p eno e.mpregodeixa de ser atingido A des;: ' peito das oscil " aỗoes CIC icas naturaiSque a a I ' ~'f; CImenta - e que podem I curou aỗao capltaJlsta expey eventua mente fàz.e d ;-: :' desse nível _ sua busca dei' b d r que o pro uto se aproxime "'~ , I era a corno If ' d Es' ~=:r: patível com a atuai fase d alo po nca e cado é rncom, -; ; duzi o caprr isrno, Todos ess di 1: re uzrr os gastos com rnã -d b es expe lentes Visam l~ ao e-o e recuperar as d ;: ~ COntexto em que as possibilidad d taxas e ucro, num " ; T' es e ganho finanCeIro são b ' ~.?J 1: a mesma circunstância q I' su srannvas, -e-" ue exp rca também o t di :-A~ gerenciamento típico dessa fa u ro expe lente de , ~"" , nova se' os p ~X:( duzir ao mínimo possível o ta h d rocessos que pretendem re'i;" ', duri man o 05 estoque i.{~;:.: UtlVO tem de carregar J.l s que o processo pro" ,~ , a que carregamento de 'I' J.E~ , tipO determinadode aplicaỗóo d al estoques irnp ica um t:,;;', tiva, dado esse ambienr c capa - q~e pode não ser a mais lucra e -, o setor produtiVO foi b : :,'.-: -', :: varensra, particularmente no s d I uscar no comércIO -~~~ etor e superme rcados, as recm , ' '7 ":; C ' , essáTIas para mInimizar ess" " F' cas ne':=:;#~ e CUSto inalrn ;:'''.'' TJ- xlveJ" - que é Outra f" d fal rC~lme e acumulaỗóo fieã -""",, ~ d rerma e ar r d ;~:- "'''': ;' o • fi ' cglme e acumula b " '.'J; ~.:: fflmanCla nancelra, Jỏ que fi 'bol'd d ỗao so ' ' e: 'I'~ ~.~~ : " COnstitutivas CXI I I a e é uma das caraCteflStlcas 't::capn' al fiJnancelfo ',- " :':=J ' - I!rna '.,ou A C"ondi(4optis-mQti '~~;lĐ1 _ ':, 123 r J L'! • lO ' l:) rasn U~IJlJ(ry ~ ~~ 'r uma situaỗóo O abandono pleno cmp reg como objetivo d gerou " (às vezes inter' d" permanente e crise em que há uma espécie e esta dial como o que observa' os de creSCimento mun I , , é rompido por espasm , )2{' Ora como prevIu Marx, mos nos últimos dOIS ou três anos 'proc~os de centralizaỗóo ' ue se acentuam os d justamente nas crises q , dif Id d de engendrar os processos e e a maior I ICU a e iam ab ' capital, uma vez qu itos pequenos cap itais sejam a sorvrd ~ r da faz que muitos p "d 'I repro uỗao amp la " diỗõo natural o capua " junte-se a essa coo dos por capuais maiores de absoluta desregulaỗóo cr num contexto ior processo de conceno fato de tal processo acon~ec , Es d onais e temos o mar por parte dos ta os naci m uma sộrie de setores ecotraỗóo de capital da hiStórdi~ c,aplta lS~~ :aior parte dos casos, por não nôrnicos dominados mun la mente, d upos ernpresanais d mais que uma ezena or exemplo que no setor de J • m 1994, Chesnais detectava, p d édi e grana e , , m uradores e Sistemas e m 10 hardware (incluindo rrucroco p • 53% da produỗóo rarn responsaveis por de porre), quatro empresas e di m por 67% Se restringird empresas respon la mundial, enquamo ez , d nde porre esses números dos Sistemas e gra , mos a analise ao segmento , No setor de automóveis a rcsp~c~~vz:~:;~~sas saltam para 76% : 91:0 respondem por 78% da situaỗóo nóo ộ muito diferente empresas respondem por di I N caso de pneus, seis produỗóo mun la.e noo de rnateria I m ộdico, sete empresas respondem 85% da produỗóo; P m~n or 90% da produỗóo setor de telefonia pỳblica dialrnenre com o O que aconteceu d I id de e da intensidade processo 80 • di uva ave oe1 a , nos anos 19 e 10 ica • b _o de pequenos capitais d volve nao so a a sarỗa de centralizaỗóo, que en os processos de fusão esd b d pane como tarn m por grupos e gran e : dos por resultados uscases grandes capitais, em murros casos motiva !I, o 20?3~ 6~ eur~Pcu::I-de o • , nos loriosos, quando a economia dos prin,ciComparado ao período dos rnnta a ,g édias anuais superiores a líl Pais países indusrrializados (G7) crescia a rax~s ~969.1979 3.6% ; 1979-1990, J d s para a fase posterior , I lemos os seguintes resu ta o % A esmo tempo, os sa drics rl.':ll~ 3% ; 1990-1995 2.5%: 1995-~OOO 1.9 o ~dia anual de 7,7% no Japão, 60 1973 cresciam a uma taxa m ',' crescem que entre 19 e ) 8% nos Estados Urnuos, 5.6% nos onze: principais países 0.5% 0,6% e 1.10/0 respecl ivaentre 1990 e 2000 a uma taxa médl:l an " , Estado» Unidos na economia glob.d menre, ver Robert Brenner, O boom ~ ,I bolIJII 01 d~ (Rio janeiro, Record, r·_ c 93" I (São Paulo, Xamã, 19%) p 9; , " Fl':lnỗois Chesnais, A mundializaỗóo o raplta : ~':: ~ ~ o prOjClO nc;olibct;l! pua a soeit:dade brasileira • 125 Chesnais~ dos nas coraỗừes dos grandes grupos no mercado bu.rsáriI indica que, em 1982, sere grupos detinham 58,3% desse mercado; em 1987 o percentual era de 70%, porém os sere grandes grupos se reduziram a quarto, dadas as fusões ocorridas entre a nortc-am~ricana ITT e a francesa Alcarcl c entre a narre-americana GTE c a alemã Siemens, além da incorporaỗóo da holandesa Phil ips pela gigante narre-ameri_ cana AT&T Não é demais notar que tudo isso aCOnteceu no exíguo prazo de cinco anos, norre-ame~ Tambộm no setor de serviỗos a concentraỗóo ộ expressiva: dezesseis empresas, sendo cinco norre-americanas e cinco alemãs, detinham 54% mercado mundial de resseguros em 1986; dezesseis empresas, sendo dez no rce-americanas, detinham 61 % mercado m und ia! de publicidade em 1989: ainda em 1989, seis empre,ỗas, rodas ricanas, detinham 62% mercado mundial de consultoria c gestão estratégica ~9 relaciona~ Completamos com isso, o diagnóstico e o desenho dessa nOVa fase da história capiralista , além de termos mostrado qual é a relaỗóo de sua emergờncia com o fortalecimento discurso neoliberal, bem como com a aplicaỗóo prỏrica das medidas por ele prescritas Faltaria apenas esse quadro com o surgimento da chamada "nova economia", Mas esse elemento esrã diretamente ligado a reflexão que faremos a seguir sobre o papel que cabe às economias periféricas, como a brasileira, dentro dessa nova ordem , O Brasil nã nova divisão internacional trabalho Observamos anreriormente que, impulsionado por uma espécie de _,"perm anente estado de crise" , o movimento de centralizaỗóo atingiu imensidade inộdita na histúria capitalista, com a constituiỗóo de gran".des massas de capital que dominam vỏrios dos setores industriais e de serviỗos Observamos rambộm que, nos Estados Unidos, o avanỗo processo de desregulamenraỗóo industrial facilitouã o movimento de -quisiỗừcs e fusừes, o que resulrou em rỗestrururaỗõo das empresas, e ừes m iss e abandono de acordos com os sindicatos Por trás desses }O ~ois movimentos estỏ uma transformaỗóo substantiva no estado das 1i ') artes da concorrờncia inrercapitalisra, transformaỗóo que foi se constituindo ao longo dos anos 1970 e 1980 3D Como mostram alguns autores, com destaque para ~hesna~s ,o processo de aquisiỗừes e fusừes que se intensificou a p~rtIr ~a c:lse de dos m~ dos dos anos 1970 foi acompanhado da transnacionalizaỗóo grandes grupos de capital, movimento que imp~ica não só mUlt~ mais liberdade para suas decisões, como o esrabelecimento, em varias ~as instâncias processo de produỗóo e realizaỗóo v:l?r e com v~na~ dos graus de profundidade, de terceirizaỗừes, fra~c~lsLng, parcenas e acordos de cooperaỗóo entre estruturas ernpresanars no plano mundia L Segundo Chesnais, essa rransforrnaỗõo foớ de tal ordem que pr?vocou enorme discussóo entre os especialistas em organizaỗóo industrial sobre a natureza desses movimentos: Nos últimos vinte anos, assistiu-se a uma extensão considerável da gama de meios que permitem grande empresa reduzir seu recurso in.te?raỗóo diIreta [J Essa evoluỗóo suscitou muitas discussừes em economia induscrial, No caso dos acordos de cooperaỗóo tecnolúgica, por exemplo, as novas formas de relaỗừes entre companhias tờm sido caracterizadas, por certos autores, como sendo situadas "em algum lugar entre os mercados e p as hierarquias" c, por outros, como acarretando um "rcquestiona~ento profundo principio de internalizaỗóo" Analogamente, as modalidades recentes de acordos de terccirizaỗõo sóo apresentadas por alguns como "um novo tipo de patronato" c, por outros, como formas de "quasemregraỗao ver tical" I -aa " Essas diferentes modalidades de exrernalizaỗóo da produỗóo e de reproduỗóo capital permitem aos grandes grup~s mund~ais a ~onư solidaỗóo de seu poder econụmico e de sua ca~actda~e ~lJgopohsta, num momento em que se exige capital a maior fle~lb".lda.de poss ível A enorme gama de procedimentos de que eles hoje dispừem para organizar e reforỗar esse poder implica, na maior p~rte dos caso,s, estabelecimento de relaỗừes assimộtricas perante o universo de caplt:IS que operam no planeta As exi~ờncias de u~a ,:tapa da ~cum:,laỗao dominada pelos imperativos [(pICOS da valorlzaỗa~ ~~ance~ra vao ~mư purrando os grandes grupos de capital não só a dividir o rISCO caplta~ ,\O Ibidem " Ibidem, P: 104 o projeto neolibcrai para a sociedade brasileira lista com os trabalhadores (trabalhadores "autụnomos", contrataỗóo por projetos erc.) e com os consumidores (customizaỗóo), mas tambộm com o pequeno capital São bastante conhecidas a esse respeito as histórias de grupos como a Nike, que detêm o comrole de um enorme número de pequenos produtores domésticos espalhados por todo o planeta, particularmente nos países periféricos, e de outros, como a Benenon, que pura e simplesmente administram uma marca, por trás da quaJ se encontram milhares de unidades produtivas igualmente espaJhadas pelo globo A cransnacionaJizaỗóo capital, ao fazer que os grandes grupos econụmicos considerem "o mundo todo como espaỗo relevante para suas decisừes de produỗóo e invesrirnenro'v-, aparece como o outro lado da moeda da mundializaỗóo financeira e constitui um dos traỗos mais marcantes da configuraỗóo capital produtivo nesta eeapa da história capitalista São substantivas e pouco alvissareiras as conseqỹờncias dessa reconfiguraỗóo para a forma de inserỗóo dos países periféricos no sistema-mundo capiralisrs-', Entre os anos 1950 e 1970, o que as empresas multinacionais pretendiam, porque precisavam disso (buscavam novos mercados), era a internaJizaỗóo de duplicatas de suas plantas industriais na periferia capitalismo Já nos anos 1990, o que marca a estratégia dos grupos cransnacionais é a busca permanente de se livrar dos investimentos de longa duraỗóo, ganhando flexibilidade para explorar Oportunidades lucrativas Isso faz que as grandes corporaỗừ~, num movimento desenfreado, operem deslocalizaỗừes de suas atividades, inclusive de sua capacidade produtiva, para qualquer lugar planeta, sempre que isso for visto como uma possibilidade de reduỗóo de CUStos Com isso, muitas vezes as atividades transferidas são aquelas mais simples e rotineiras, como as operaỗừes de montagem, enquanto as etapas mais complexas processo produtivo (concepỗóo produro, definiỗóo design, pesquisa e tecnologia, mnrketing) terminam, na maior parte dos casos, não sendo Seguiremos, nessa questão, a analise de Pochmann (ibidem) tora Unesp, 2001), p, 251 Mareio Pochmann, ~Globalj1.aỗ.óo e emprego", em R Abramovay, G Arbix e M Zilbovícius (orgs.), RnZÕ~1 ~ficr6~s dnnJllo!lIimmto (São Paulo, Edusp/Edi- exrernalizadas, J~ JJ • I 27 ' I Ll:l -, nrasu Urillu'? ẫ evidente que a industrializaỗóo perifộrica que ocorre nesses moldes não pode ter como resultado uma maior homogeneizaỗóo espaỗo econụmico mundial- especialmente em termos de geraỗóo de renda, como tendia a acontecer na etapa anterior -, visto que a arratividade desses espaỗos para as grandes corporaỗừes estỏ muito mais nos baixos custos que nas potencialidades dos mercados locais Do lado dos candidatos a recebedores desses "investimentos", há uma corrida frenérica a fim de oferecer condiỗừes o mais satisfatúrias possớvel para atraớ-los Isso implica nóo apenas forte subsídio estatal direto ou indireto, como principalmente a supressóo de direitos trabalhistas, com a desregulamenraỗóo e a flexibilizaỗóo dos mercados de trabalho" Por isso, um dos resultados mais perversos dessa nova divisóo internacional trabalho ộ a intensificaỗóo das possibilidades de extraỗóo de mais valor por meio da criaỗóo de mais-valia absoluta Num paớs como o Brasil, onde tais práticas nunca foram de fato deixadas de lado, a combinaỗóo desses elementos tende a transformar o paớs, pontO de vista da produỗóo industrial, num grande chóo de fỏbrica nos moldes daqueles inớcio da industrializaỗóo no centro sistema, ou seja com precarớssimas condiỗừes de trabalho, jornadas sem fim e uma massa de trabalho vivo sem a menor qualificaỗóo, no melhor estilo raylorista", Mas, mesmo com todas essas "vantagens" para o capital transnacional, que tem como conseqüência a reduỗóo permanente da qualidade dos postos de trabalho gerados pela indústria, o Brasil vem experimentando, desde o início dos anos 1980, um claro retrocesso no perfil de suas atividades e na forma de sua inserỗóo na produỗóo mundial Nóo se trata apenas de, no setor industrial, o país produzir cada vez mais bens considerados quase comrnodities (alta escala de produỗóo baixo preỗo unitỏrio, simplificaỗóo tecnolúgica e rotinizaỗóo das tarefas) Trata-se de uma reduỗóo acentuada da imporrõncia setor industrial brasileiro como indica o fato de o emprego industrial nacional ter chegado a representar 4,2% emprego in- H Mesmo essa submissão roda não garante que o país reccplOr deixe de ser vớtima em curto espaỗo de tempo, de uma nova "deslocalizaỗóo", '1 Nóo c!' demais lembrar que as regiừes perifộricas acabam por atrair igualmente aquelas atividades que requerem de modo extensivo o uso de matérias-primas c energia e que são, portanto, não só insalubres, como poluidoras ambiente o projeto neoliberal para a sociedade brasileira ' 129 dustrial mundial nos anos 1980 e atualmente sua participaỗóo ter chegado casa dos 3,1 %36 O relatúrio da Conferờncia das Naỗừes Unidas sobre o Comércio e o.Desenvolvimento (Unctad) de 2003 classifica os paớses em desenvo] vlme~to e~ quatro grupos": os de industrializaỗóo madura, como C?réla e Talwan que apresentam decréscimo no crescimenro industrial p~rque j,ỏ ~eri~ ati~gido um grau elevado de industrializaỗóo; os de mdtlStrJafrza.ỗtlo rd!Jtda, como China e India, que tờm logrado e1~~adas ~as de mvesnmenre doméstico mediante polfricas industriais e de m~enClvo s exportaỗừes; os de indtlStrializaỗóo de.enclaoe, com.o.o ~baco, que a despeito de terem conseguido aumentar sua ~artlcl~aỗao na exportaỗóo de manufaturados tờm tido desempenho msuficlenre em termos de investimento, valor agregado e produtividade t~tal; e os países em viasde desindustrializaỗóo cujo r6 cuia ộ por si sú suficienre p~ra entender que se trata, Neste último grupo encontra~-se vãrios países da América Latina, entre eles a Argentina e o ~rasJ1: Essas econom.i~ caracterizam-se por queda ou estagnaỗóo dos mvestl.memo~ e participaỗóo da produỗóo m,anufatureira no PIS em dedớOlo: Segundo Belluzzo J8 , as décadas de 1980 e 1990 presenciaram no BrasJlum pro~esso.de desindustrializaỗóo relativa, com o rompirnenro dos nexos Intenndusrriais das principais cadeias de produỗóo e com a reduỗóo subsramiva setor de bens de capital, movimento ~se que em termos macroeconômicos e de comabilidade nacional, slgmfica uma reduỗóo valor agregado interno sobre o valor bruto da produỗóo , ~im, em tempos de predominõncia da chamada "nova economia - ac~leraỗóo da difusóo das tecnologias de infor~aỗóo e de comuOlcaỗa~ e retomada crescimento da produtividade trabalho -, o Brasil engatou a marcha a ré Na explicaỗóo desse movimento perv: rso hỏ, de um lado, um fatOr estrutural, mas, de OUtro, um fator polírico Fra~cisco de Oliveira" dá COnta de explicar o primeiro Para ele, o paradigma molecular-digital, que caracteriza essa nova eco- ;; M~rcio Pochmann ~Globalizaỗóo e emprego" cir., p, 261 A!; mformaỗừes estóo em Luiz Gonzaga Bclluzao ~Indústria; sinal amarelo" Carra Clpito/, n, 37 I 2005 p 38-9 ' Ibidem p 40 CriTica razão dUa/isll1/0 ornitorrinco (São Paulo Boirempo, 2003) nornia'", além de trazer unidas ciência e tecnologia e estar tranca~o nas patentes, não sendo, portanto, unive~saliz.á~el,é descartãvel e efemer~, exigindo um esforỗo permanente de investimento que ~tỏ ~empre aCIma das forỗas internas de acumulaỗóo dos paớses "penfộrlcos: Nesse contexto, o que resta a esses pses a título de desenvolvimento tecnológico" são apenas os bens de consumo, o des~rtável que eles podem (e devem) copiar, O Brasil, por exemp!o,.é hoje um ~os g~~ des produtores de celulares, mas sua atuaỗóo hmna:se s a[lvldad~ l,a rotinizadas de fabricaỗóo e monragem, estando muito longe das anvidades de pesquisa e tecnologia responsỏveis pela evoluỗóo assombrosa de conteúdo tecnológico Mas, como adiantamos, na história da regressão experimentada pelo pais no último quarto de século não há a~en~ esse elemen~o, que t:~ que ver com a evoluỗóo estrutural capnahs.mo Ou~ras areas perifộricas, como mostra o relatório da Uncrad, vem se saindo melh~r,na empreitada de engatar suas economias econ?mia global e propICiar, ao mesmo tempo, a geraỗóo interna de mvesnrnento e empreg~ Nos paớses dos dois primeiros grupos houve e, hỏ uma preoc_upaỗao em estabelecer polớticas industriais e de incentivo .s cxportaỗoes, que fomentem o investimento no conteỳdo tecnolúgico das manufaturas e em sua ampliaỗóo, permitindo a apropriaỗóo aumento das vendas externas pelo circuito interno de renda" Para q~e se :o:nplete, portanto, a explicaỗóo retrocesso brasileiro, ộ preclso ad~clOnar ques tóo das transformaỗừes maiores por que passa o capitalismo um fator Abase material da chamada "nova economia" (FranỗoisChesnais, em K' Nova Economia': uma conjuntura especifica da potência hegemônica no co.ntexl~ da capital" Brasileira mundilaI-ltaầ'lo ~ Reoistô da Socớrdnrk rir Economia Politica, n dez 2001 faz uma avaliaỗóo conteỳdo ideolúgico [ermo) ộ a t:rCC1I'3 - In dusrrial• que eclodiu nos anos J970 e ộ marcada pela d.fusao ~o Iuỗ:lo _ bem escala industrial da informỏtica e das recnologias avanỗadasde comu~IClỗao: e:m Como pelo aprofundamento e a diversificaỗóo de uso da pesquisa biogen ộtica A " - ind srrialcomecou na Inglaterra na segunda J ~ ~~ metade sộcu primeira revoIuỗao lo XVIII e teve como seuselementos caracrerüriccs o tear rnccamco, a má~uma a ' A segunda no comeỗo do.sộculo vapor e: o transporte: crerrovi'áTIO XX' liderada pelos Estados Unidos foi marcadapelasindústrias ~UlomobIHsn~ e de eletrodomésticos, pela indúsrria química pela energia c1é~rJC~ pelo perroleo c: pelo aỗo Luiz Gonzaga Belluzzo, "Indỳstria: sinal amarelo, cn., p 39 formas econơmicas inclui a política como seu elemento estruturante sociopolírico interno, já que, como observou Marx, a articulaỗóo das o projero nc:oJiberaJ para a sociedade brasileira • t preciso inicialmente lembrar, então,

Ngày đăng: 20/01/2020, 13:05

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